sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cinco dicas para comer melhor e emagrecer sem riscos à saúde

Nutróloga explica quais são os erros mais comuns por parte de quem quer perder peso


Na busca pelo corpo perfeito, homens e mulheres dedicam boa parte de seus dias e semanas trancados em academias e clubes. Treinando à exaustão, alguns consideram a falta de exercícios físicos o principal problema para a insatisfação com o próprio corpo ou com a saúde. Entretanto, poucas pessoas dão o devido valor para a importância da alimentação adequada na busca pelo bem-estar e pela qualidade de vida.
Para a médica Andréa Quidute Sampaio, especialista em nutrologia do Instituto Paulistano de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral, a alimentação moderna está fazendo com que o ser humano, aos poucos, prejudique seu próprio corpo e sua saúde.
— Quando as pessoas decidem emagrecer, acabam fazendo da forma incorreta, cortando da alimentação itens indispensáveis para o equilíbrio do corpo. O mesmo acontece com quem deseja se alimentar melhor e, por conta própria, define o próprio cardápio, que, muitas vezes, está inadequado para seu estilo de vida.
A especialista indica cinco dicas para as pessoas obterem êxito na hora de planejar e colocar em prática o cardápio para uma alimentação melhor e mais equilibrada:
:: Consumo diárioO ideal é termos uma alimentação equilibrada, prevenindo deficiências nutricionais, melhorando o trabalho do sistema imunológico e protegendo o organismo contra doenças infecciosas. Destaque para o licopeno (cenoura, mamão, manga, couve), fibras (frutas, legumes, verduras, aveia), flavonóide (suco natural de uva, morango, ameixa, repolho), isiflavonas (soja – de preferência em grão), ácidos graxos ômega 3 (peixes e óleo de peixe).
:: Reeducação alimentarPara trabalhar de forma adequada, o corpo humano necessita de todos os macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras) e micronutrientes (vitaminas e sais minerais). A reeducação alimentar tem a finalidade de aprendermos a comer de tudo sem exageros, de uma forma equilibrada, com alimentos que garantam uma boa nutrição, respeitando a individualidade de cada pessoa. Um alimento por si só não tem a capacidade de fazer emagrecer, mas aprendendo a se alimentar de forma adequada e respeitando os horários, é possível atuar na redução e na própria manutenção do peso.
:: Mulheres e a celulite
Esta alteração estética que tira o sono de muitas mulheres envolve fatores hormonais, vasculares, neuroendócrinos, erros alimentares e sedentarismo, levando a uma alteração do relevo cutâneo. Para ajudar a amenizar estas alterações, é aconselhável diminuir o consumo de sal, enlatados, alimentos em conserva, frituras, embutidos e alimentos industrializados, pois aumentam o acúmulo de toxinas. Dar preferência a consumo de frutas, alimentos integrais, verduras e legumes — crus ou cozidos ao vapor – e temperos naturais.
:: Dor de cabeça
Muitos fatores podem piorar este grande mal que afeta os brasileiros, entre eles o uso de analgésicos em excesso, longos períodos de jejum, tabagismo, uso de contraceptivos orais, sono inadequado, estresse, falta da prática de exercícios físicos regulares e, principalmente, o componente alimentar, que é muito importante.
:: Cuide de seu corpoNão esqueça que a prática de exercícios físicos regulares e modificações do estilo de vida — como tabagismo, etilismo e sedentarismo — evitam diversos problemas de saúde e contribuem para alcançar os resultados esperados.
Fonte: Andréa Quidute Sampaio, nutrológa
Link:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3016244,Cinco-dicas-para-comer-melhor-e-emagrecer-sem-riscos-a-saude.html

Saiba quais são os benefícios de fazer mais do que três refeições ao dia

Fracionar refeições auxilia o organismo a manter um bom índice metabólica e a não reter gordura


A ideia errada de que ficar em jejum emagrece ainda permanece na cabeça de muitas pessoas. Segundo a nutricionista Michelle Ferreira De Simone, no entanto, este é um erro alimentar que atrapalha nosso metabolismo, desregula nossos hormônios e dificulta a perda de gordura, ao contrário do que garante a crença popular.
— Quando ficamos muito tempo sem comer - algo em torno de cinco horas de jejum -, nosso organismo entende como um estado de jejum e então começa a "poupar" energia. Com isso, nosso metabolismo trabalha de forma mais lenta, inclusive na hora de "queimar" calorias dificultando assim, o emagrecimento — explica.
Segundo a especialista, nessa situação, o cortisol, hormônio conhecido como hormônio do estresse, se eleva toda vez em que pulamos refeições. Ele é responsável por dificultar a queima de gordura corporal.
— Outro fator prejudicial é a mobilização de massa muscular como fonte de energia. Nosso organismo, para funcionar bem, depende da energia proveniente da alimentação, principalmente de carboidratos. Quando falta essa energia, a massa muscular é utilizada como fonte de energia — esclarece.
Além disso, ficar muito tempo sem se alimentar faz com que a pessoa chegue com muita fome na refeição seguinte e acabe exagerando na quantidade. Uma má alimentação pode levar à irritação, sonolência e até mesmo ao mau humor. Além disso, segundo Michelle, o jejum prolongado abre portas para gastrite e mau hálito.
— O café da manhã, que muitas vezes é excluído da alimentação das pessoas, é a principal refeição do dia. Depois de uma noite de pelo menos oito horas em jejum, seu organismo precisa ser ativado para começar a trabalhar de forma acelerada — esclarece.
Para a nutricionista, seria ideal que, ao invés de fazer as três costumeiras refeições ao dia, café da manhã, almoço e jantar, fosse feito um fracionamento maior delas em cinco ou mais ao dia, com intervalo de três entre cada uma. Atitudes simples como esta faria com que menos alimentos fossem ingeridos por refeição.
— Este é um hábito alimentar mais saudável, tanto para controle de peso como para um melhor funcionamento do organismo como um todo. Este mecanismo de fracionamento promove aceleração de metabolismo, evitando uma sobrecarga de energia e consequentemente o depósito de gordura. Outro ponto positivo é que traz saciedade ao longo do dia, diminuindo as chances de abusos na próxima refeição — garante.
Segundo a especialista, para não engordar, o ideal é comer nos lanchinhos frutas, castanhas, barrinhas de cereais, iogurtes (de preferência light), sucos naturais, cereais ou biscoitos integrais.
A distribuição calórica ideal ao longo do dia seria de aproximadamente 20% das calorias para o café da manhã; 10% para o lanche da manhã; 30% parta o almoço; 10% para o lanche da tarde; 20% para o jantar e 10% para a ceia.
— Se você não está acostumado a fracionar as refeições, provavelmente não sentirá fome na hora de fazer os lanchinhos. Não pense que apesar de não estar sentindo a sensação de fome, que você não deva comer. Isso acontece porque seu organismo acostumou desta forma. Mas com fome ou sem fome não esqueça de fracionar sua alimentação durante o dia. A inclusão deste simples hábito já é um passo para uma alimentação mais saudável — esclarece.
BEM-ESTAR ZH 
Fonte:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3018850,Saiba-quais-sao-os-beneficios-de-fazer-mais-do-que-tres-refeicoes-ao-dia.html 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Especialista aponta os exames top 10 do check up feminino

É importante não deixar a rotina superar a sua necessidade de estar em dia com a saúde

No corre-corre da vida moderna, muitas mulheres acabam cobrando de si muitos resultados, seja no trabalho, na família, nos estudos ou até mesmo com os amigos. No entanto, elas se esquecem com frequência da importância de cuidar preventivamente da saúde.

Pensando nisso, a médica radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), de São Paulo, Maria Teresa Natel montou um esquema de dicas para os dez exames essencias para a mulher possa garantir uma melhor qualidade de vida.

Na listagem, Maria Teresa descorre sobre esses exames fundamentais que olham não apenas para vivência sexual das mulheres, mas, também, para a mulher como um todo.
Confira abaixo as dicas da especialista:

1 - Mamografia:

— Trata-se de um exame que deve ser realizado anualmente por mulheres acima dos 40 anos. Se houver indicação clínica, pacientes de alto risco, com histórico de câncer de mama na família, podem começar a realizar exames preventivos mesmo antes dos 35 anos — destaca Maria Teresa.

2 - Papanicolau:
— Independentemente do histórico sexual da paciente, o exame deve ser realizado regularmente a partir dos 18 anos para prevenção do câncer cervical. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2010 devem surgir mais de 18 mil novos casos da doença. Depois dos 30 anos, a maior frequência de miomas e de outras doenças relacionadas ao útero e aos ovários pode levar o médico ginecologista a solicitar também a ultrassonografia transvaginal — explica a médica.

3 - Exame colesterol e triglicerídeos:

— Principalmente depois dos 40 anos, o exame de sangue para checagem das taxas de colesterol e triglicerídeos devem ser anuais, a fim de contribuir para a prevenção do infarto. Hoje, as doenças do coração fazem 300 mil vítimas ao ano, sendo metade mulheres.

4 - Exame de glicemia em jejum:

— Trata-se de um importante exame de sangue que deve ser realizado com a paciente em jejum de pelo menos oito horas. Ao analisar a taxa de açúcar no sangue é possível diagnosticar portadores de diabetes, doença crônica que é tanto melhor administrada quanto mais precocemente diagnosticada. Mulheres com mais de 45 anos, ou antes, se houver histórico da doença na família, com taxas altas de colesterol e triglicérides, obesas, sedentárias e idosas pertencem ao grupo de risco — frisa.

5 - Controle da tireóide:

— Depois dos 30 anos, as mulheres têm três vezes mais chances de desenvolver distúrbios da tireóide, principalmente o hipotireoidismo. Em alguns casos, a paciente começa a notar certa dificuldade em perder peso, queda acentuada de cabelo, enfraquecimento das unhas e maior sonolência. A doença pode ser diagnosticada por um simples exame de sangue em que são realizadas as dosagens dos hormônios tireoidianos T3, T4 e TSH. Entretanto, quando o médico endocrinologista suspeita da presença de nódulos, poderá sugerir a realização de exames complementares, como ultrassonografia, cintilografia ou mesmo uma biópsia.

6 - Densitometria óssea:

— Depois dos 50 anos, ou ainda mais cedo dependendo do histórico familiar, é recomendável realizar o exame de densitometria óssea a cada dois anos para se prevenir da osteoporose, que é uma doença silenciosa e ainda assim bastante agressiva para com a terceira idade, quando uma fratura pode comprometer totalmente a qualidade de vida da paciente — relata.

7 - Eletrocardiograma:

— Para quem não tem histórico familiar, pode começar a fazer parte da bateria de exames anuais a partir dos 50 anos. Dependendo das orientações do médico cardiologista, o eletrocardiograma deverá ser acompanhado dos exames abaixo.

8 - Teste ergométrico:

— Também chamado de teste de esforço, esse tipo de eletrocardiograma é utilizado como rastreador de alterações do ritmo cardíaco durante o esforço físico, frequentemente associadas à doença arterial coronariana e à angina, uma vez que muitos desses pacientes apresentam resultado normal no eletrocardiograma em repouso.

9 - Ecodopplercardiograma:

— Trata-se de um ultrassom do coração que permite checar a anatomia do órgão, suas dimensões e a função de inúmeras estruturas cardíacas, assim como o fluxo sanguíneo. Com esse exame é possível diagnosticar alterações relacionadas à hipertensão arterial, coronariopatias (artérias), miocardiopatias (músculo cardíaco) e disfunções nas válvulas do coração, por exemplo."

10 - Autoexame da pele:

O câncer de pele não melanoma é o tipo da doença que mais acomete homens e mulheres no Brasil. Somente neste ano, mais de 60 mil mulheres serão diagnosticadas com a doença, embora apenas uma parcela ínfima vá apresentar o tipo mais agressivo. O uso diário de protetor solar e autoexame ainda são os melhores amigos das mulheres, que devem estar sempre atentas à presença de manchas disformes, pintas escuras ou malcheirosas. Em caso de dúvida, é sempre recomendável consultar um dermatologista. É comum os médicos encaminharem material para biópsia, a fim de fazer um diagnóstico o mais preciso possível — finaliza.


BEM-ESTAR

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aleitamento materno minimiza chances de problemas ortodônticos

Dentista explica detalhes sobre a respiração bucal durante amamentação


A amamentação garante inúmeros benefícios para a saúde do bebê, como a redução da incidência de doenças alérgicas, da ocorrência de diarréias, de infecções respiratórias, entre outras. O que ainda poucas mulheres sabem é que o aleitamento materno também pode ser um aliado para minimizar os riscos de problemas ortodônticos no futuro do bebê. Uma pesquisa organizada pela Universidade de São Paulo divulgou que crianças amamentadas até os 12 meses reduzem em 93% as chances de desenvolverem alterações na oclusão dentária.

Segundo o cirurgião dentista e mestre em ortodontia Cássio Selaimen, a criança amamentada no peito sente maior segurança, o que diminui a ansiedade e qualifica as condições do desenvolvimento físico.
— Além dos benefícios já conhecidos, a criança melhora a respiração e exercita toda a musculatura do rosto, auxiliando no crescimento facial — explica.

O estudo aconteceu dentro do Programa de Mestrado em Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID) e monitorou 1.377 crianças de 3 a 6 anos, matriculadas em 11 escolas públicas de educação infantil situadas na Zona Leste da cidade de São Paulo, concluindo que aquelas que receberam amamentação exclusivamente materna durante mais os doze primeiros meses de vida apresentaram um risco vinte vezes menor para o desenvolvimento de problemas ortodônticos, especialmente em relação às mordidas cruzadas posteriores.

O aleitamento materno complementar às refeições no período de 6 a 12 meses apresentou risco ainda cinco vezes menor.

Cássio lembra que amamentar no mínimo até os seis meses também reduz o uso do bico, causador de inúmeros transtornos.
— Quando a criança está no seio da mãe ela está mais tranqüila, sem ter que compensar a ansiedade com o bico. O artefato utilizado inadequadamente causa problemas como a mordida aberta, o desvio do queixo e respiração bucal, favorecendo alterações inclusive, na estética da face — explica o ortodontista.

Estabelecer o vínculo materno por meio da amamentação, de acordo com os profissionais, fortalece os laços entre mãe e bebê e promove uma vida de qualidade e saudável.
DONNA ZH ONLINE 
Fonte:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3015009,Aleitamento-materno-minimiza-chances-de-problemas-ortodonticos.html 

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O segredo da longevidade das mulheres japonesas

Alimentação balanceada, exercícios físicos e boas horas de sono estão no pacote

The Guardian - Justin McCurry
Agora vivendo uma média de 86,4 anos, as mulheres japonesas devem a longevidade a uma dieta rica em peixes, exercícios e sono. E saquê. Eriko Maeda poderia ser perdoada por sucumbir a ocasionais pensamentos sobre a própria mortalidade. Mas, mesmo se preparando para completar 70 anos, ela tem todos os motivos para esperar sobreviver por pelo menos outras duas décadas.
Além de uma dieta exemplar com baixa quantidade de gorduras e exercícios regulares, ela tem outro fator importante que contribui para sua longevidade: a nacionalidade. As mulheres japonesas desfrutam da maior expectativa de vida no mundo já por um quarto de século, de acordo com números do governo. Em 2009, elas poderiam esperar viver, em média, a idade recorde de 86,4 anos — aumento de quase cinco meses em relação ao ano anterior. Mulheres em Hong Kong e na França são as próximas na lista de maior expectativa de vida.
Os homens japoneses, enquanto isso, ganharam quase quatro meses de expectativa de vida, que aumentou para 79,5 anos, embora tenham caído de quarto para quinto nos rankings, atrás de homens do Qatar, de Hong Kong, da Islândia e da Suíça.
Especialistas atribuem as extraordinárias estatísticas de longevidade do Japão a uma dieta tradicional de peixe, arroz e vegetais cozidos a vapor, fácil acesso a serviços de saúde e um padrão de vida comparativamente melhor na idade avançada.
— Nunca como carne e evito comida frita, com ocasionais exceções. Eu como muito peixes oleosos, como cavala e sardinhas, nunca fumei e quase nunca bebo — diz Eriko, durante seu almoço em Sugamo, vizinhança de compras e entretenimento destinada aos mais velhos em Tóquio.
Dieta à parte, Eriko, que vive com seu filho e a família dele, atribui sua saúde impecável e a perspectiva de superar com facilidade seus pares do gênero masculino em anos de vida a um estilo de vida que envergonharia pessoas 30 anos mais novas do que ela:
— Acordo às 4h30min, lavo roupas e faço o resto do trabalho doméstico. Faço um jantar no estilo japonês para mim e, normalmente, algo ocidental para a família do meu filho, e durmo antes das 21h.
Em contraste, Sachiko Yasuhara não liga muito para sua dieta e confessa beber saquê regularmente. Ainda assim, ela desfruta de muita saúde aos 81 anos.
— Como quase qualquer coisa, mas limito a comida ocidental — diz Sachiko, complementando que faz exercícios regulares em forma de passeios com as amigas.
De acordo com o Ministério da Saúde japonês, a tendência ascendente da expectativa de vida se deve largamente a melhorias nos diagnósticos e tratamentos para câncer, doenças cardíacas e derrames, as três maiores causas de morte no país.
Takao Suzuki, diretor-geral do Instituto Nacional de Geriatria e Gerontologia, em Nagoya, acredita que a alta taxa de alfabetização também é um fator: 
— Pessoas mais velhas podem ler muitos conselhos sobre saúde e estilo de vida na mídia.
A saúde dos idosos no Japão não é algo que deixa de oferecer riscos. Se não for discutido, o envelhecimento da população, combinado à baixa natalidade, trarão uma crise nas pensões, aumentando os custos da saúde e provocando uma escassez de mão de obra que poderiam por em perigo a situação econômica do Japão:
— Posso ver por que pessoas como eu podem se tornar um problema no futuro — afirma Sachiko.
Qual é o segredoA que os especialistas atribuem as extraordinárias estatísticas de longevidade do Japão:
:: Dieta tradicional de peixe, arroz e vegetais cozidos a vapor
:: Fácil acesso a serviços de saúde
:: Padrão de vida melhor na idade avançada

Tradução: Fernanda Grabauska
VIDA - ZERO HORA (http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3010970,O-segredo-da-longevidade-das-mulheres-japonesas.html)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pesquisa relaciona uso do salto alto a varizes e outras doenças venosas

Uso do salto alto impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal


Pesquisa feita na Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, comprovou cientificamente o que, na prática, muitas mulheres já sabiam. Salto alto, principalmente utilizado por longos períodos, pode dar origem a varizes e outras doenças venosas como vasinhos, flebites e até tromboses.

O sangue chega às pernas pelas artérias e volta pelas veias, como se fossem duas ruas de mão única, uma vai, outra vem. Esse fenômeno, chamado de retorno venoso, é fundamental na circulação. A origem da maioria das doenças venosas é a sobrecarga ou a desorganização deste circuito, por exemplo, permitindo que a veia funcione como uma rua de mão dupla ou que haja grande volume residual de sangue, comprometendo a função hemodinâmica do sistema venoso, ou seja, o fluxo sanguíneo nas veias.

O uso do salto alto, segundo dados da pesquisa do médico Wagner Tedeschi Filho, impede que o tornozelo trabalhe em seu ângulo ideal. Isso limita a articulação e leva a um encurtamento do curso de trabalho da panturrilha.

— A panturrilha não contraindo de forma ideal acaba por bombear mal o sangue e há uma queda na fração de ejeção de sangue, ou seja, sobra mais sangue na perna, o chamado volume residual venoso. Esse resíduo pode provocar hipertensão venosa nos membros inferiores, dando origem a varizes e outras doenças venosas — afirma Tedeschi Filho.

A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira avaliou a influência da altura e do formato dos saltos em 30 mulheres, com idade entre 20 e 35 anos. Cada uma das voluntárias foi avaliada, por meio do exame chamado pletismografia a ar, em quatro situações: a voluntária calçada com salto de 3,5 centímetros (cm), salto agulha de 7,0 cm e salto plataforma, tipo Anabela, de 7,0 cm, e descalça. As mulheres foram submetidas aos testes uma única vez com cada tipo de calçado diferente.

— Esse aparelho, semelhante ao de medir pressão no braço, foi acoplado na perna e a um computador e permitiu obter em tempo real gráficos sobre a função hemodinâmica do sistema venoso. Esses gráficos nos deram os índices de variação do volume da perna durante um movimento e com isso soubemos se estava ou não havendo problemas no fluxo venoso.

Entre as informações obtidas, Tedeschi Filho destaca os valores do índice de enchimento venoso, que mede a saúde venosa global da perna, a fração de ejeção, que mede a capacidade da panturrilha ejetar sangue venoso, e, ainda, a fração de volume residual, que mede o 'resíduo' de volume da perna.

Os resultados mostraram que o maior volume residual ficou com os saltos de 7,0 cm, tanto agulha quanto plataforma. Enquanto o volume residual venoso considerado normal é de 35%, nesses saltos chegaram a 59% em média, na plataforma, e 56%, no agulha. Já o salto comum, 3,5 cm, deixou 49% de resíduo, enquanto descalço foi de aproximadamente 35%.

— Não foi apenas uma maior retenção venosa que o salto alto provocou, também ficou prejudicada a capacidade de contração da panturrilha. Além disso, o salto plataforma apresentou uma tendência a ser ainda mais deletério que o salto agulha — alerta o pesquisador. Segundo ele, o estudo mostrou que quanto maior o tempo de uso do salto, maior a exposição a esse fator prejudicial.

Numa segunda parte da pesquisa foi aplicado um questionário, respondido por 50 mulheres que usam salto alto, também com idade entre 20 e 35 anos, algumas que participaram da primeira parte, as dos testes. Todas as voluntárias não eram obesas e não tinham diagnóstico de doença venosa.

— Os resultados desses questionários mostraram que as voluntárias queixam-se de dor mais frequentemente após períodos maiores de uso de salto.

Pletismografia a ar

Segundo o pesquisador, no Brasil existem outros estudos sobre o tema, mas o seu é o único na literatura com o uso da pletismografia a ar completo e de acordo com protocolos internacionais, que são aceitos e reproduzidos em vários centros.

-  Os resultados dão embasamento científico para a orientação médica sobre a questão do salto alto. Agora temos um estudo sério, com método consagrado que prova de forma inequívoca que o salto alto prejudica o retorno venoso, conclui. 
 
AGÊNCIA USP DE NOTÍCIAS 
Fonte:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3007361,Pesquisa-relaciona-uso-do-salto-alto-a-varizes-e-outras-doencas-venosas.html 

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nível normal de colesterol e triglicérides não é garantia de saúde, alerta biomédica

Há outros fatores que podem gerar danos à saúde, apesar dos resultados dos exames serem favoráveis

Pelo menos uma vez ao ano, deveria ser comum as pessoas passarem por um check up simplificado, avaliando os níveis de colesterol e triglicérides. Muitas saem do consultório médico com a missão de adotar hábitos mais saudáveis para baixar os índices de gordura no sangue e, assim, poder viver mais e melhor. Mas, você sabia que alguns fatores podem agravar ainda mais a interpretação desses resultados?

De acordo com a doutora Clélia Machado, biomédica do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), mesmo quem apresenta taxa de colesterol total menor de 200 e de triglicérides abaixo de 150 - consideradas normais - não está livre de complicações futuras. Tudo depende de um conjunto de fatores.

— Os valores considerados normais podem variar de pessoa para pessoa. Uma das formas mais utilizadas para definir os valores desejáveis é o chamado 'Score de Framingham'. Trata-se de um cálculo que avalia o risco de doença cardiovascular de acordo com a presença ou não de certos fatores de risco, como hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, histórico familiar e doenças ateroscleróticas. Com a avaliação do conjunto de resultados é possível saber se o risco de o paciente sofrer um infarto nos próximos dez anos é baixo, moderado ou alto —, diz a médica.

Na opinião de Clélia, a partir dos 20 anos de idade as pessoas devem procurar um médico de confiança e realizar as dosagens de colesterol e triglicérides ao menos uma vez a cada cinco anos.

— É importante lembrar que o paciente deve fazer um jejum de 12 horas antes de se submeter ao exame de sangue, evitando interferência nos resultados obtidos. Quando há qualquer tipo de alteração é necessário repetir a análise com maior frequência e buscar orientação médica para iniciar um tratamento apropriado — destaca.

Prevenção é tudo. Ou quase tudo

De acordo com Clélia, o consumo exagerado de alimentos ricos em colesterol, como carnes gordas, leite integral, queijos amarelos, bacon, manteiga e banha, por exemplo, pode elevar os níveis de colesterol. Ao mesmo tempo, o excesso de álcool e o consumo de carboidratos e açúcar em grandes quantidades também podem fazer os níveis de triglicérides subir.

— Para manter a saúde em dia, prefira alimentos com menos gordura, dando preferência a carnes magras. Além disso, é recomendável que se retire a gordura visível da carne, frango e peixe antes de cozinhar, evitando fritar os alimentos. Grelhar, assar, cozinhar ou refogar é sempre melhor do que fritar. Com relação ao leite e seus derivados, prefira os desnatados e reduza o uso de maionese, manteiga, molhos cremosos e temperos oleosos. Última dica: inclua muitas frutas e vegetais frescos em seu cardápio diário e encontre uma forma prazerosa de combater o sedentarismo — aconselha. 
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,212,3009558,Nivel-normal-de-colesterol-e-triglicerides-nao-e-garantia-de-saude-alerta-biomedica.html

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Diabetes e idoso
Ceder ao pedido da vovó por apenas um docinho é mais perigoso do que parece. Pequenas doses de açúcar podem comprometer o equilíbrio dos índices de glicose de um diabético por mais de dois meses. E diabetes não controlada, no caso dos mais velhos, é sinal de complicações. É por isso que a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) acaba de lançar um alerta aos endocrinologistas sobre a importância de, sempre que o diabético for idoso, fazer um trabalho paralelo com a família e com cuidadores.

Segundo o endocrinologista Saulo Cavalcanti, a maioria das pessoas não sabe que o diabetes tem implicações diferentes no idoso, como alteração na personalidade, atenção, concentração e linguagem. Além disso, as artérias dos diabéticos são mais envelhecidas que sua idade real, o que no idoso passa a ser ainda mais preocupante, já que podem ficar de 10% a 15% mais velhas, facilitando a ocorrência de infarto do miocárdio e derrame cerebral. Na opinião do especialista, o idoso não pode, portanto, ser tratado como o adulto. Os idosos diabéticos sofrem com doenças concomitantes e alterações cognitivas. "Muitas vezes, ele vai para um psiquiatra quando precisava, na verdade, de um maior controle do diabetes e um trabalho com a família", explica.

A causa desses distúrbios comportamentais está relacionada à menor oxigenação do cérebro, já que o entupimento das artérias celebrais é mais comum no idoso. Até a medicação tem ações diferentes nesse paciente, com efeitos colaterais e contraindicações que devem ser acompanhadas de perto pelo médico. Muitas das queixas dos idosos, como urinar com frequência, sede, catarata, micoses, alterações de memória, falta de concentração e modificações do humor, muitas vezes são desvalorizadas pela família, que acredita que os sintomas façam parte do envelhecimento.

Segundo a endocrinologista Adriana Bosco, o diagnóstico em idosos também tem diferenças, já que o diabetes vai ficando mais silencioso com a idade. De acordo com a médica, cerca de 70% dos diagnósticos em idosos é feito em exames de rotina, sem que ele chegue ao consultório queixando-se de nada. No tratamento em idosos, Saulo Cavalcanti defende a ativa integração da família nos cuidados, já que devido a distúrbio de memória, os diabéticos idosos podem ingerir as medicações de forma errada, em doses maiores ou menores, levando ao descontrole da doença.
Fonte: Carolina Cotta – Diário de Pernambuco – 27/julho/2010